13 de jul. de 2011

Fonte infinita do Universo


Ontem eu estava assim, sem certeza de nada. Hoje as coisas mudaram. Estou fazendo um curso que se chama "Iniciação aos Filhos da Luz" ministrado por Luis Gasparetto e toda a sua equipe. E por "equipe" entenda os encarnados e os desencarnados.
É um trabalho magnífico que te leva até o mais profundo da sua alma. Não tem nenhuma conotação religiosa (tanto que tem evangélico, espírita, católico, todo mundo junto) mas sim espiritual. Ontem o Pai João, que ministrou a aula, nos levou para o mundo espiritual.
Ele explicou que mundo espiritual não é o mundo astral. O astral é onde estão os desencarnados, um mundo meio parecido com este em que vivemos, só que sem o corpo físico. O espiritual é pra onde vai a sua alma.
De acordo com a tradição xamânica, ou seja, dos índios, a pessoa adoece quando perde um pedaço da sua alma. Durante a nossa encarnação isso pode acontecer tantas vezes que, um dia, enlouquecemos. De tanto nos perder de nós mesmos podemos ficar paranóicos, esquizofrênicos e os mais diferentes tipos de doenças pisquiátricas. Podemos perder a alegria, perder a força ou o nosso poder, podemos perder coisas que nem sabíamos que tínhamos.
Eu já tinha feito trabalhos semelhantes, lá mesmo, muitas vezes. Mas ontem foi completamente diferente e especial. Primeiro porque eu nunca tinha sentido tanto medo de entrar num processo como ontem. Eu me via caindo um precipício, sem saber onde é o chão ou o teto, tudo rodando. Abri os olhos várias vezes querendo fugir daquilo, mas não tinha jeito. Começei a me sentir ansiosa, nervosa, irritada. Queria sair correndo, estava quase sentindo pânico. A minha prima, sentada do meu lado, disse "Vai, entra" e acho que era tudo o que eu precisava ouvir.
Eu fui!Vi uma coisa estranha, eu no chão, como aquelas cenas de filmes em que a câmera cái e fica mostrando um pedaço da calçada. Não estava entendendo nada. Olhei mais atentamente, vi que era eu na cena. Diferente de outras vezes eu estava no meu lugar e não assistindo de fora. Vivenciei novamente uma situação que aconteceu na minha vida aos 12 anos de idade.
Na época eu havia emagrecido 8 quilos , depois de ir a um médico de dieta e tomar todas as "anfetacoisas" do mundo. Uma bomba pra uma menina de 12 anos, que causou uma disrritimia dupla cerebral. Tomei Tegretol, um anticonvulsionante por 2 anos depois disso.
Mas a cena era tão real. Era eu de novo, lá. Lembrando de coisas que eu não me lembrei nunca mais. O momento em que caí, o momento do pânico, do medo de morrer. Era tudo tão forte, era tanto, tanto medo. Eram as pessoas correndo ao meu redor. Era uma confusão danada. E eu ali, gravando que viver era muito, muito perigoso.
Depois de entender tudo isso eu me vi novamente, alguns minutos antes da convulsão, olhando para o mar. Estava na praia, fui ver o mar, e quando voltei na rua é que tudo aconteceu. Eu lá, olhando o mar, tinha uma certeza absoluta de tudo. Era uma firmeza, uma fé na vida. Uma fé de que eu conseguiria tudo o que eu quisesse. Era uma felicidade porque eu tinha conseguido emagrecer. Peguei aquela menina pela mão e falei "Venha comigo, senti muita falta de você". Ela me olhou com aquela certeza, com sua blusa rosa e short jeans com keds branco, e veio. Ela sorriu e voltou.
Este era um pedaço da minha alma. Ela tinha ficado lá, olhando o mar, e eu continuei sem certeza de nada e sem fé. Sem determinação, achando que emagrecer era uma coisa muito, muito perigosa. Que viver poderia acabar a qualquer momento. Lembrei da frase que minha mãe não cansa de repetir "Para morrer basta estar vivo". Não mãe, não basta. Para morrer é preciso que chegue a sua hora. É preciso que sua alma a pegue pela mão e diga "é o seu momento". Aquele momento, aos 12 anos, não era a hora de minha morte física. Era a hora de um despertar espiritual que eu não entendi muito bem na época (despertar da minha mediunidade, conforme me falaram ontem) mas que acabou trazendo uma perda. E eu precisei voltar lá, no mundo espirutal, e puxar a minha coragem, minha determinação e minha fé de volta. Experiência fantástica e me completou completamente.
Hoje eu tenho várias certezas e minha ansiedade simplesmente desapareceu. Sei agora que é seguro viver, seguro emagrecer, é só eu fazer tudo assim, do meu jeito. Não me impressionar com o que os outros dizem sobre isso. Os outros tem as suas crenças, eu tenho as minhas. Quero meus pedaços todos de volta. Eles me pertecem e fazem muita, muita falta. Esse regate me trouxe de volta algo que eu não imaginava ter perdido: a minha fé na continuidade da vida.
Obrigada aos dirigentes da casa, aos espíritos que me ajudaram, aos meus mentores e protetores em especial. E a mim mesma que, naquela hora, tive coragem de entrar no medo,

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