Faz tempo que não escrevo. Completa falta de tempo. Estou fazendo milhões de coisas ao mesmo tempo. Estou passando por processos difíceis e confusos e todos, todos tem a ver com confiança. Confiança parece ser a minha palavra de ordem.
E já confiei muito. Em muitas pessoas. Já acreditei, já me iludi. De fato, um excesso de confiança o outro não deixa de ser prejudicial. Ou talvez fosse um excesso de confiança em mim mesma. Nunca ahcie que as pessoas pudessem menyir pra mim, ou inventar qualquer siutação. Sempre me achei aberta para tudo. Talvez não, eu não tenha sido. Talvez eu acreditei demais aue jamais as pessoas, aquelas pessoas, sabe, fossem fazar comigo o que eu jamais faria para elas. Mas eu estava enganada e ainda estou. E está dificil, bem difícil lidar com isso.
Parece que tem alguma coisa rm mim qur ainda não aceita. A lição da vida foi bem clara: não confie. Por que então eu sempre confiei? Estava pensando cá comigo que sempre, sempre asa pessoS quebraram as suas promessas comigo. Então por que, mais uma vez, eu me deixei iludir?
Acho que eu não tinha mesmo essa noção. Eu tinha uma confiança cega. Sempre quis, talvez, poder confiar de qualquer maneira. Sempre achei que a vida seria como os filmes que, quando existem laços, não existem mentiras. Um monte de besteiras. Ninguém tem condições de garantir nada a ninguém. A pessoa pode prometer mundos e fundos e, depois, ver que não deu. O ver que não foi possivel. Por que eu sempre exigi tanto isso dos outros? E por que eu sempre exigi tanto que eu cumprisse as promessas que eu fiz para os outros.
Será que é só crença? Sera que é a minha mania de "acreditar que tudo é perfeito e todas as pessoas são felizes"?
Eu sei lá....ainda não resolvi isso dentro de mim. E até lá o Universo vai me testar. Eu estou pronta. Cansada, mas pronta, pode mandar ver!
26 de ago. de 2012
25 de jul. de 2012
Pés para que te quero
Não, ainda não sou eu na foto acima e não, ainda não são os meus pezinhos. Para ambos eu preciso perder um pouco mais de peso mas já escolhi qual será a tatto que vou "ganhar" assim que emagrecer. Essas lindas gaivotas nos pés..um arraso! E a Fluvia, ela é sempre um arraso e merece, sempre destaque! Amei as sapatilhas..aliás!!!
23 de jul. de 2012
Beautiful Nail Kit
Eu almoço num lugar, aqui perto do meu consultório e um dia destes eu ouvi uma conversa da dona de lá com uma amiga sobre esse kit. Na verdade, ela ia mesmo contar pra minha irmã e eu fiquei de bituca! É um kit para as unhas com uma lixa milagrosa que faz você jurar que passou uma base, mas não tem nada. É uma tecnologia esraelense e eu teste (quer dizer, o moço testou nas unhas dele, porque as minhas estavam feitas) lá no quiosque da Premier no Shopping Anália Franco! Eu achei simplesmente divino! Vem com um creme pra a cutícula, que acaba com ela em 4 semanas e você não precisa mais tirar! A tal lixa dos milagres tem reposição infinita e gratuita, então é tudo de bom! E ainda tem uma delicioso creme para as mãos, que eu amei o cheiro e que clareia a pele instantaneamente. Adorei conhecer os produtos, são todos feitos com ingredientes exclusivos da região do Mar Morto. Por isso #ficaadica
Kit para Unhas
125 ml - Beautiful Nail Kit
Kit para Unhas
125 ml - Beautiful Nail Kit
DESCRIÇÃO: Os produtos de cuidados para mãos e unhas da Premier previnem rugosidade, rachaduras, nutrem e protegem as mãos, cutículas e unhas, além de deixarem as unhas com brilho natural. É um tratamento de beleza revitalizante. Composto por 01 buffer, 01 lixa para unhas, 01 hand cream e 01 óleo para cutículas. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Modo de usar – óleo para cutículas: aplicar nas cutículas massageando suavemente. Composicão: Mineral oil, Hydrogenated Ethylene/ Propylene/ Styrene Copolymer, Dead Sea salt, Fragrance. Conteúdo 20 ml Modo de usar - buffer: esfregue cada lado do buffer por aproximadamente 8 segundos nas unhas, na seguinte ordem: lado azul, lado cinza e lado branco. Modo de usar - hand cream: aplicar sobre a pele limpa massageando levemente em movimentos circulares. Composicão: Aqua, Cyclomethicone and Dimethiconol, Emulsifying wax, Cetearyl alcohol, Cyclomethicone/ Dimethicone, Stearic Acid, Fragrance, Liposome Complex – Aloe Barbadensis extract and Lecithin, Dead Sea minerals, mud and water (sea silt and water), DMDM Hydantoin and Iodo Propynyl Butyl Carbamate, Triethnolamine. |
11 de jul. de 2012
Não se fazem mais Romeos como antigamente
Julieta no aeroporto afobada
_Romeo, Romeu, onde você
está meu amor? Caramba esse homem demora mais que noiva pra se arrumar,nunca
vi. Se ele chegar atrasado a gente vai perder o vôo das 3 e meia, e eu, meu
amor, não vou fugir de ônibus, pelo amor de Deus, puta coisa de pobre.
_E nada de Romeu, senhor. Me arrumei toda aqui, coloquei vestido,maquiagem e a coisa não aparece, acho que a gente vai ter mesmo que conversar viu, assim não dá. Deixa eu ligar do meu BlackBerry para ver onde ele está.
Tu...tu..tu..
_Caixa postal, ninguém
merece. Romeo atrasado é uó. E eu ainda perigo perder a prova do líder hoje, ai
meu Deus.
_Romeu, meu amor, graças a
Deus você chegou!
_Julieta, meu amor, você
acha mesmo que eu deixaria a mulher da minha vida me esperando?
_Deixar você deixou, mas
tudo bem, ninguém é perfeito né, vamos indo.
_Então meu amor, estou tão
feliz que ficaremos juntos para sempre.
_Eu também meu amor,
together forever...só eu e você...
_Sim meu amor,eu já planejei
tudo, toda a nossa fuga. Vamos daqui para o aeroporto, pegaremos o vôo das 3 e
meia para uma praia paradisíaca na Nordeste. Chegando lá pegaremos um taxi e
vamos rumo à nossa pequena cabana de felicidade...
_Até aí eu tô gostando mas,
peraí, como é a “cabana” , é em algum resort?
_Não meu amor, é uma pequena ilha de pescadores. É muito simples, a água você poderá pegar no poço, viveremos felizes e faremos amor apaixonado por dias e dias...depois..
_Não meu amor, é uma pequena ilha de pescadores. É muito simples, a água você poderá pegar no poço, viveremos felizes e faremos amor apaixonado por dias e dias...depois..
_Tá, mas é “all inclusive”,né? Porque fazer amor por
dias seguidos sem comer nada, vai ver complicado..
_Não precisa meu amor! Eu
vou virar pescador.Vou sair cedinho todos os dias para buscar o nosso peixe
fresco no mar. Depois voltarei e pegarei alguns cocos para tomarmos...e aí..
_Tá, deixa eu ver se eu
entendi..vamos viver de peixe e água de coco? Mas e o carboidrato? Preciso de
um carboidrato, um arroz, um macarrão, não dá pra viver assim de peixe...
_Sim, eu plantarei para nós.
_Plantará? Onde, na areia???
_Meu amor, deixa que estes
detalhes eu me viro! Somente pense em preparar a nossa refeição e cuidar dos
nossos filhinhos..quero 6 meninos e já escolhi dos nomes: Wellington,
Washingont, Willian, Wilson, Wilber e Dagmar, para não ficar muito repetitivo, sabe?
_Ah?
_Ah,e, claro a nossa
princesinha, a Stheffany com th e dois f´s!
_Nossa, mas com tanta água
de coco e peixe vou ter que parir as crianças no mar, pra elas sairem
nadando...
_Não será perfeito? A nossa
vida simples e perfeita.
_E, vem cá, e as contas,
hein? Água, luz, telefone, net?
_Não precisaremos disso.
Água do poço, luz eu faço um gato...
_E net? Faz um cat???
_Será uma vida simples e
perfeita.
_E uma verba pra almoçar
fora, um teatro, um cineminha, nada?
_Ah amor, eu te levo no
cinema no nosso aniversário de 25 anos de casado. Mas a pipoca é por sua conta,
tá? Agora vamos, senão nos atrasaremos meu amor...
_Então, Romeu, eu estava
aqui pensando. Sabe foi bom a gente ter essa conversa agora, eu até estava
mesmo achando que a gente precisava de uma DR e tals...olha,não é você, sou eu!
Eu ando numa fase muito focada no meu trabalho, sabe? É complicado porque eu
não quero que você abra mão dos seu sonhos por mim...porque você é um cara
muito legal, você é "especial" e eu tenho certeza de que vai encontrar uma
mulher..
_Não, não quero encontrar
nenhuma mulher. Você é a mulher da minha vida, eu só quero você..
_Então, eu sei que agora
pode ser difícil, mas com o tempo você vai ver como será melhor pra nós
dois...então, o gato subiu no telhado...
_Como assim, que gato?
_O gato, do cat que você ia
fazer na nossa casinha..sabe? Eu acho que precisamos “dar um tempo” (faz sinal
de aspas com a mão).
_Não,meu amor, não me faças
sofrer assim...essa dor imensa de te perder...
_Então você não vai me
perder, porque ninguém é de ninguém,...vai meu amor, seja feliz...eu conhecerei
uma outra pessoa..e tenho certeza de que você vai conhecer também...
_Ok, eu vou. Mas vou levá-la
em meu coração.
Romeu sai de cena.
Julieta senta e faz cara de choro
_Pô, comprei vestido, fiz as unhas, fiz até progressiva sem formol
e pra que? Pra isso? Por uma água de coco com peixe sem tempero? Sacanagem! Não
se fazem mais Romeos como antigamente..que coisa mais triste! Bom, vou voltar
pra casa, tirar esse vestido e devolver pra loja. Aí vou tomar um pote inteiro
de Haggen Daz de doce de leite e esperar outro príncipe encantado, mais próspero
porque esse aí, não dá não.
4 de jul. de 2012
Wish list
Esse kit para sombrancelhas da Benefit é tudo de bom! Completo, você nunca mais se preocupará com as suas. À venda na www.sacks.com.br
Não sei se estas são mesmo as novas, mas essa coleção de garrafas personalizadas de Jean Paul Gaultier são demais! Dá uma vontade louca de sair dançando Vogue com sutiã de cone!!!
E a campanha nova da Dolce & Gabanna é uma festa italiana! Juro que queria essa foto emoldurada na minha casa, achei linda!!!
Não sei se estas são mesmo as novas, mas essa coleção de garrafas personalizadas de Jean Paul Gaultier são demais! Dá uma vontade louca de sair dançando Vogue com sutiã de cone!!!
E a campanha nova da Dolce & Gabanna é uma festa italiana! Juro que queria essa foto emoldurada na minha casa, achei linda!!!
3 de jul. de 2012
O triunfo dos gordinhos
Eles já são maioria em várias capitais. De discriminados, passaram a valorizados – pelo mercado e pela cultura pop
CRISTIANE SEGATTO, MARTHA MENDONÇA E NATALIA SPINACÉ
Esse novo cenário do Brasil – agora, além de país mestiço, também um país roliço – inspira uma mudança cultural. Antes desprezados, os gordinhos passaram a ser valorizados. Alguns indícios.
• A convicção de que existe beleza gorda tornou possível a criação de um concurso disputado por mulheres que inspirariam qualquer pintor renascentista. A atual Miss Brasil Plus Size pesa 98 quilos – e, como é possível observar na foto de abertura desta reportagem, é linda.
• A C&A convidou a cantora Preta Gil para ser garota-propaganda. Em julho, a rede de lojas lança uma linha inspirada nela. Os tamanhos vão de 46 a 56. De gordinha excêntrica, Preta se tornou representante de um tipo genuinamente brasileiro. Outras grifes vêm lançando uma variedade sem precedentes de produtos para o público GG (leia os quadros ao longo desta reportagem).
• No mundo da cultura pop, os gordinhos também triunfam. É o caso da rainha do tecnobrega, a paraense Gaby Amarantos (1,66 metro e 76 quilos). E também do ator Tiago Abravanel, que brilhou nos palcos como o cantor Tim Maia. Ele será um dos destaques da próxima novela das 9 da TV Globo, Salve Jorge, na pele de Demir, um sedutor irresistível.
No mundo do design, hoje é possível encontrar cadeiras de escritório nas versões P, M e G, assim como mouses de computador ideais para mãos gordinhas. Encontrar anéis e alianças em numerações maiores deixou de ser um problema. A maioria das joalherias pensa nisso e oferece soluções.
Fonte: Revista Epoca
29 de jun. de 2012
Tristeza também é necessária

Existe um certo ódio contra a tristeza. Que bobagem! Da tristeza saem tantas coisas boas. As mudanças sempre, impreterivelmente, começam com ela. A quebra de padrões, de pre-conceitos, precisam passar pela mudança da nossa interpretação das coisas ao nosso redor. Mesmo que sejam coisas muito, muito antigas. Mesmo que sejam coisas muito, muito profundas, como é o meu caso agora. De repente, tudo se descortina e aquela pequena impressão, que você teve a vida toda, mas que mandou pra debaixo do tapete, vêm à tona.
As pessoas são o que são. As coisas são como são. E cabe a você querer ou não. Manter-se firme no seu propósito ou sucumbir a tudo o que a vem tem, sedutoramente, te oferecer. Precisa manter os pés no chão. Ser feliz depende completamente disso.
Sem mais para o momento
Vou ficar lá triste um tempo...um tempo em que a tristeza cura...acho até que fico mais bonita meio triste...
26 de jun. de 2012
Bolo de chocolate na xicrinha
Por Eliane Contreras
| Fotos Thinkstock
Tempo de preparo: 6 minutos
Rende: 5 porções
Calorias por porção: 72
Ingredientes • 1 ovo
• 2 col. (sopa) de leite de soja light (ou leite desnatado)
• 1 col. (sopa) de chocolate em pó (sem açúcar)
• 1 col. (sopa) de farinha de trigo (integral, de preferência)
• 1 col. (sopa) de óleo
• 1 col. (sopa) de adoçante à base de sucralose
• 1 col. (sopa) de maisena
• 1 col. (café) de fermento
• 1 col. (chá) de essência de baunilha
• Calda de chocolate diet (para decorar)
Modo de fazer Coloque o ovo numa tigela e bata bem com um garfo. Acrescente o óleo, o adoçante, o leite, o chocolate e bata mais um pouco. Misture a farinha e, por último, adicione o fermento mexendo delicadamente até incorporar na massa. Divida em cinco xícaras de café untadas e leve ao micro-ondas na potência máxima por 3 minutos. (no forno comum, asse por 15 minutos). Retire, coloque um fio da calda de chocolate e sirva em seguida.
Receita retirada do site da Revista Boa Forma
25 de jun. de 2012
Faça sua dor dançar...com Marisa Monte
23 de jun. de 2012
Chancela e chique!!!
22 de jun. de 2012
Verdade x ilusão
"A dor aparece para quebrar a barreira das nossas ilusões" - Zibia Gasparetto
Temos medo da verdade. Apesar de sabermos que ela é sempre a melhor opção, que a ilusão sempre vai ferrar com a gente, ainda assim, morremos de medo da verdade. Arrume uma injeção, uma turbulência, uma dengue. Mas não me venha com essa tal de verdade colocando abaixo todas as ilusões que eu criei, às vezes durante anos e anos.
Uma noite destas eu tive um sonho. Eu estava na Coréia (estranho) em uns prédios altíssimos. Para vocês terem uma ideia era um prédio de 1.390 andares! E eu lá, na cobertura do prédio. De repente começou um vendaval, muito forte. Na verdade, pensando agora, nem parecia tão forte assim. Eu sabia que toda a minha família estava dentro do prédio. Os prédios (eram vários iguais, todos cheios de vidros) começaram a balançar também. Eu corri pelas escadas abaixo e consegui sair do prédio, assim como a minha família. Mas eles desabaram todos. No sonho eu me perguntava porque os construtores não tinham feito uma base melhor para os prédios .
Comparado à minha vida, tudo a ver. Há alguns meses (ou semanas, ou dias, não sei) descobri em mim uma verdade e, consequentemente, destrui uma imensa ilusão. Sim, destas grandes, de 1.390 andares, 20 torres, todas lindas, cheias de vidros emoldurados. Uma ilusão daquela que leva a sua vida para um buraco enorme e faz você repetir os padrões, repetir e repetir. E. vou falar, não está sendo nada fácil!
Ainda não posso dizer que me recuperei do tombo. Porque não é um tombo de uma coisa específica, foi uma ilusão generalizada, por assim dizer. Eu criei uma fantasia na minha mente, que possivelmente já nasci com ela, e acreditei nela por anos a fio. E, um dia, eu olhei e nada daquilo estava lá. Mas isso, só depois de levar muita, mas muita porrada.
E aí, sincronicidade ou não, chego na minha aula de espiritualidade semanal e qual e o tema? A verdade. Deixar o ego para lá e olhar para o real. Só aí é que eu vi o porquê disso ser tão díficil.
Dá depressão, credo. Sério. Dá uma tristeza tão profunda. Parece que é a última tristeza da sua vida. Acredito que o que eu achei na minha vida é um núcleo de várias coisas.E sim, eu pedi muito pela verdade. E ela apareceria, mais cedo ou mais tarde. Resisti à verdade, briguei com ela, xinguei, mas não teve jeito. A vida sempre ganha.
Sim, nós nos apegamos às ilusões. Nos apegamos porque elas são tão confortáveis, tão bonitas. Dentro da minha mente eu posso inventar o que eu quiser. Posso inventar que coisas que não são, agora são. Posso inventar que tudo o que me incomoda, na verdade, não existe, nunca existiu. Posso criar uma imensa fantasia ao redor de pessoas, de fatos, de coisas. Posso não olhar para frente com os olhos neutros e, assim, não conseguir mudar o que é preciso mudar. Posso olhar para trás com dor, achando que todo o mundo só queria me magoar.
Não, ninguém queria te magoar. As pessoas só estão também presas nas ilusões delas e, muitas vezes, carregam você para dentro da delas. É como a história das sereias, que encantam seus marinheiros com sua voz macia e suave. Vão seduzindo e os carregando para a morte. A morte da ilusão. O desabar dos prédios que criamos somente na nossa mente, na nossa fantasia.
Somos facilmente seduzíveis quando estamos nessa ilusão sobre a vida. Qualquer pessoa ou situação pode usar artimanhas e nos levar para onde precisa. Possivelmente para dentro das ilusões delas mesmas. E, um dia, você vê que não era bem assim. "Que o que foi prometido, ninguém prometeu", como diria Renato Russo. Você acreditou, viu, sentiu as coisas como queria. Sentiu o que queria, acreditou no que queria, foi feito de você o que você imaginava. E a realidade? Ficou lá, jogada às traças, perdida num monte de entulho, fingindo que não existia.
Sim, ela observa. A verdade te observa de soslaio, quieta e quase inerte de um canto, só esperando o momento certo de agir, o momento certo de aparecer. Você sente essa ameaça o tempo todo, mas não sabe de onde vem e nem o que fazer e aí, pronto. Já foi. Ela passa violenta por você.
Ainda estou me recuperando. Estou muito melhor, é verdade, mas sinto ainda uma profunda tristeza. Estou me deixando ser e estar triste, não estou mascarando, novamente, a tristeza. Não quero mais esconder meu rosto neste grande baile de máscaras que é a vida. Mas sei que muitas coisas e pessoas ainda serão mascaradas. Só cabe a mim acreditar só em mim mesma, e na minha verdade. Posso ter parcerias, mas não dependencias. Posso ter amizades, mas nenhum parente, amigo, amor, nada é mais forte e mais importante do que eu mesma. Descobri a necessidade de um amor próprio muito maior do que eu vinha tendo até então.A minha verdadeira essência de Deus. E isso, meus amigos, é a cura na sua forma mais pura. A cura de (quase) todas as ilusões.
Temos medo da verdade. Apesar de sabermos que ela é sempre a melhor opção, que a ilusão sempre vai ferrar com a gente, ainda assim, morremos de medo da verdade. Arrume uma injeção, uma turbulência, uma dengue. Mas não me venha com essa tal de verdade colocando abaixo todas as ilusões que eu criei, às vezes durante anos e anos.

Comparado à minha vida, tudo a ver. Há alguns meses (ou semanas, ou dias, não sei) descobri em mim uma verdade e, consequentemente, destrui uma imensa ilusão. Sim, destas grandes, de 1.390 andares, 20 torres, todas lindas, cheias de vidros emoldurados. Uma ilusão daquela que leva a sua vida para um buraco enorme e faz você repetir os padrões, repetir e repetir. E. vou falar, não está sendo nada fácil!
Ainda não posso dizer que me recuperei do tombo. Porque não é um tombo de uma coisa específica, foi uma ilusão generalizada, por assim dizer. Eu criei uma fantasia na minha mente, que possivelmente já nasci com ela, e acreditei nela por anos a fio. E, um dia, eu olhei e nada daquilo estava lá. Mas isso, só depois de levar muita, mas muita porrada.
E aí, sincronicidade ou não, chego na minha aula de espiritualidade semanal e qual e o tema? A verdade. Deixar o ego para lá e olhar para o real. Só aí é que eu vi o porquê disso ser tão díficil.
Dá depressão, credo. Sério. Dá uma tristeza tão profunda. Parece que é a última tristeza da sua vida. Acredito que o que eu achei na minha vida é um núcleo de várias coisas.E sim, eu pedi muito pela verdade. E ela apareceria, mais cedo ou mais tarde. Resisti à verdade, briguei com ela, xinguei, mas não teve jeito. A vida sempre ganha.
Sim, nós nos apegamos às ilusões. Nos apegamos porque elas são tão confortáveis, tão bonitas. Dentro da minha mente eu posso inventar o que eu quiser. Posso inventar que coisas que não são, agora são. Posso inventar que tudo o que me incomoda, na verdade, não existe, nunca existiu. Posso criar uma imensa fantasia ao redor de pessoas, de fatos, de coisas. Posso não olhar para frente com os olhos neutros e, assim, não conseguir mudar o que é preciso mudar. Posso olhar para trás com dor, achando que todo o mundo só queria me magoar.
Não, ninguém queria te magoar. As pessoas só estão também presas nas ilusões delas e, muitas vezes, carregam você para dentro da delas. É como a história das sereias, que encantam seus marinheiros com sua voz macia e suave. Vão seduzindo e os carregando para a morte. A morte da ilusão. O desabar dos prédios que criamos somente na nossa mente, na nossa fantasia.
Somos facilmente seduzíveis quando estamos nessa ilusão sobre a vida. Qualquer pessoa ou situação pode usar artimanhas e nos levar para onde precisa. Possivelmente para dentro das ilusões delas mesmas. E, um dia, você vê que não era bem assim. "Que o que foi prometido, ninguém prometeu", como diria Renato Russo. Você acreditou, viu, sentiu as coisas como queria. Sentiu o que queria, acreditou no que queria, foi feito de você o que você imaginava. E a realidade? Ficou lá, jogada às traças, perdida num monte de entulho, fingindo que não existia.
Sim, ela observa. A verdade te observa de soslaio, quieta e quase inerte de um canto, só esperando o momento certo de agir, o momento certo de aparecer. Você sente essa ameaça o tempo todo, mas não sabe de onde vem e nem o que fazer e aí, pronto. Já foi. Ela passa violenta por você.
Ainda estou me recuperando. Estou muito melhor, é verdade, mas sinto ainda uma profunda tristeza. Estou me deixando ser e estar triste, não estou mascarando, novamente, a tristeza. Não quero mais esconder meu rosto neste grande baile de máscaras que é a vida. Mas sei que muitas coisas e pessoas ainda serão mascaradas. Só cabe a mim acreditar só em mim mesma, e na minha verdade. Posso ter parcerias, mas não dependencias. Posso ter amizades, mas nenhum parente, amigo, amor, nada é mais forte e mais importante do que eu mesma. Descobri a necessidade de um amor próprio muito maior do que eu vinha tendo até então.A minha verdadeira essência de Deus. E isso, meus amigos, é a cura na sua forma mais pura. A cura de (quase) todas as ilusões.
16 de jun. de 2012
Zona de conforto
“O preço do conforto é ser pequeno” – Barão de
Mauá
Quem é que não gosta de um bom sofá. Sabe? Um
sofá grande, confortável. Um sofá fofo, macio, quentinho nestes dias frios de
São Paulo? Que tal? E se, além do sofá, colocarmos uma pipoquinha? Ai, que
delícia, uma pipoquinha bem quentinha, com manteiga? Quem é que não
quer?
Pois é, todos nós sabemos o que é o conforto.
Todos nós sabemos o que nos faz ficar confortáveis e o que nos faz ficar
desconfortáveis. Muitas vezes, se sentir desconfortável com alguma coisa é pior
até do que ter dor. É pior do que uma série de situações ruins, porque, ai, sei
lá, incomoda uma coisa dentro da gente que a gente não sabe o que é. O
desconforto é, de fato, extremamente
desconfortável.
E aí você olha para a sua vida. Seu pequeno
sofá de vida, aquela zona de segurança onde você se encontra. Uma família, um
relacionamento, um emprego, não sei. Aquela coisa que há tempos não é boa, mas é
confortável. Aquela vida, vidinha, que faz com que você sinta que merece uma
caixa de cerveja no fim de cada dia. Que faz você pensar que não tem problema
arrumar só uma paquerinha fora do casamento. Aqueles pequenos pecados que, de
tão pequenos, passam despercebidos. Aquela tentativa da alma e do espírito em
mostra que não, as coisas não estão boas.
Mas estão confortáveis. E por confortáveis eu
digo, você conhece. Você não precisa pensar muito, você já sabe como lidar.
Pensa, se eu ficar bem quietinho e não responder, não arrumo confusão com meu
marido. Eu odeio fazer isso, mas, pelo menos, eu não preciso pensar que meu
casamento acabou faz tempo.
Ou, se eu fizer meu serviço aqui na firma
“médio”, ninguém me mandar embora e eu não preciso parar e pensar porque eu
queria ser agricultor e agora sou escriturário. E odeio. Mas pago as contas, com
dificuldade, não estou passando fome. Ai que lindo! Fique até comovida
agora.
A frase “o bom é inimigo do ótimo” é
extremamente verdadeira. E quer dizer isso mesmo que, muitas vezes, não queremos
sair da nossa zona de conforto. Ah, os amigos são pessoas ótimas, mas ir até lá?
Poxa, a fulana mora tão longe, tão distante! Não seria melhor ficar aqui, pedir
uma pizza? Vou ter que me arrumar pra ir pra festa? Ah, mas eu não tenho um
sapato. Vou ficar em casa.
E a vida passando lá fora. E a vida correndo,
até o dia em que você olha no espelho e pensa: quem é essa senhora? O que ela
fez da vida? Ela se divertiu? Ela dormiu pelada só pra refrescar, nadou num rio
que não conhecia a água? Ela tomou pelo menos um porre? Ela dançou agarradinha
até às cinco da manhã? Ela curtiu os filhos crescendo, os levou ao parque e pra se sujar na lama? Ela se sujou
de vida?
Ou ela ficou bem. Confortável, acompanhada de
uma TV a cabo eu um cálice de vinho barato (porque, né, não deu pra comprar um
melhorzinho). O que diabos você quer da sua
vida?
Outro dia eu ouvi a expressão: preguiça de
viver. A preguiça de viver é a irmã caçula da depressão. Você vai tendo preguiça
de fazer as coisas. Preguiça de vencer seus medos, preguiça de tentar. E um dia
você está tão instalado na sua zona de conforto que nem sabe mais quem você é. E
espero que, lendo este texto, talvez você identifique isso em uma ou duas áreas
da sua vida. E pense que o tempo está passando e precisamos só ir em frente. Com
medo ou não. Com preguiça ou não. Precisamos buscar a nossa força, lá dentro e
ir atrás do que queremos. Porque somos muito, muito maiores do que imaginamos.
Temos muito mais talentos que nos fizeram acreditar nossos pais e professores.
Somos enormes, gigantes e perfeitos! Aos olhos do Universo. Aos olhos da criação
divina!
Então aproveite os seus potenciais, sejam eles
para o que forem. Um trabalho, um hobbie, um novo relacionamento? Afinal de
conta: do que você precisa?
15 de jun. de 2012
Clipe Marisa Monte
4 de jun. de 2012
Homenagem
Ela é tudo. E lá bem antes dos 30 anos ela já estava na capa da revists TIME (a Veja americana)! Fala sério, isso é que é nascer para brilhar!!! Parabéns!!!
1 de jun. de 2012
MDNA
E estreeou o show da Madonna, ontem a noite, em Tel Aviv. Ela prometeu reunir a nata das grifes internacionais e cumpriu o combinado! As fotos eu "roubei" do Petiscos.com, mas são da turnê com alguns modelitos básicos. Ela é a diva das divas e madrinha deste pequeno blog que vos fala (mesmo que ela nunca venha a saber disso)! rs
30 de mai. de 2012
Dica de diva: Papelaria chique!
Descobri nas minhas andanças na internet dia destes um site chamado Paperview, que faz papelaria fina e personalizada. Não preciso dizer que eu amei! Amo papel. Livros em papel, papel de carta, apesar de ser super antenada na modernidade, ainda guardo uma lembrança doce das minhas imensas coleções de papéis de carta (onde os da Polyanna eram disputados à tapa)! Então mandei fazer cartões de visita (calling cards) personalizados, sem nenhum dizer. Parei de me colocar rótulos, ah, sou eu, e só. Eu faço muitas coisas e faço bem. Sou terapeuta e consultora porque eu amo isso. Escrevo sim. Canto sim. Faço as coisas que eu gosto por profissão ou por hobby. Por que que eu preciso colocar um nome e uma justificativa no meu cartão? Se uma pessoa pegar o meu cartão e não se lembrar do meu nome, de primeira, quer dizer que meu trabalho nem foi assim tão bem feito, não é mesmo? Então investi e olha que lindo o resultado. O papel é perolado, ele brilha quando viramos, fiquei me achando...agora quero encomendar outros tipo de papelaria. Acho chique! Um mimo luxuoso por pouco!!
29 de mai. de 2012
28 de mai. de 2012
No meio do caminho...consciência 100%
Quando eu fiz o Leader Trainner, no ano 2000, eu aprendi um
pequeno verso que nunca saiu da minha cabeça. Vou reproduzi-lo abaixo (mais ou
menos, porque não encontrei o original), para explicar a razão do meu texto:
Caminho por uma rua,
lá existe um buraco, caio no buraco
Caminho novamente pela mesma rua, lá existe um buraco, caio novamente no buraco
Caminho novamente pela mesma rua, sei que lá existe um buraco, desvio do buraco
Caminho por outra rua
Caminho novamente pela mesma rua, lá existe um buraco, caio novamente no buraco
Caminho novamente pela mesma rua, sei que lá existe um buraco, desvio do buraco
Caminho por outra rua
Sim, a parte em que caímos no buraco pode ser maior. Bem
maior. Pode levar umas 20 páginas até aprendermos, primeiro a desviar do
buraco. E depois, só depois, andar por outra rua.
E não é que a vida é assim? Eu mesma me percebo caindo nos mesmos buracos de sempre. Na verdade, no meu caso é aquela coisa de se esquecer muito fácil de si mesmo, em detrimento do trabalho, da família, da casa. E quando você percebe, já fez de novo.
Existem pessoas que fazem isso no trabalho, com os relacionamentos, com as amizades. Quando percebe, ops, fiz de novo. E aí a culpa que se acumula, a frustação, o medo de fazer errado de novo, fica quase insuportável.
E não é que a vida é assim? Eu mesma me percebo caindo nos mesmos buracos de sempre. Na verdade, no meu caso é aquela coisa de se esquecer muito fácil de si mesmo, em detrimento do trabalho, da família, da casa. E quando você percebe, já fez de novo.
Existem pessoas que fazem isso no trabalho, com os relacionamentos, com as amizades. Quando percebe, ops, fiz de novo. E aí a culpa que se acumula, a frustação, o medo de fazer errado de novo, fica quase insuportável.
Mas por que fazemos isso? Por que é tão difícil de
enxergamos o buraco ou vermos que estamos de novo na mesma rua? Pelas coisas
que nos cegam, o ego aterrador e ameaçador que vive te cegando e causando o que
chamamos de auto-sabotagem.
E o que é auto-sabotagem? É saber que existe um buraco
naquela rua, mas mesmo assim continuar andando. É saber que você está caminhando
rumo ao buraco que fica cada vez mais profundo, mas mesmo assim manter-se caminhando.
Talvez por achar que desta vez será diferente, ou por um otimismo quase
infantil de “essas coisas não acontecem comigo”.
O ego é o maior produtor de desculpas do mundo. Tudo pode
virar uma desculpa para não fazermos as mudanças necessárias. Para acharmos que
um dia, magicamente, o buraco foi tampado e que não cairemos mais nele. As
atitudes iguais causam, impreterivelmente, resultados iguais. Não interessa em
que área da sua vida você sempre faça isso, o resultado, mais cedo ou mais
tarde, será sempre o mesmo.
Fico nervosa quando vejo alguém perto de mim repetir isso. Mas
aprendi a me segurar e não ficar pulando com uma placa na frente da pessoa
escrito “perigo”. Não adianta! Sei que todo mundo tenta fazer isso com as
pessoas que amam. Um filho, um irmão, os pais. Fica lá tentando dar conselhos,
achando que conversar com o outro melhora, mas não adianta. Isso porque é muito
mais fácil enxergarmos quando o outro está indo pro buraco. Mas difícil quando
somos nós mesmos.
“Orai e vigiai” é exatamente isso. Vigiar seus atos,
conscientizar o que parece, naquele momento, uma bobagem. Aquele brigadeiro a
mais que o ego diz “ah, não vai te engordar”. Aquele “não” que você não diz e
que o ego fala “ah, mas é só desta vez”. Aquele defeito do outro que você finge
que não existe porque está louca para que “dê certo”. Aquela blusa comprada no
cartão em 12 vezes que você pensa “ah, são só 20 reais por mês”.
É por essas e outras que vamos, de novo, pela mesma rua. Por
não nos conscientizarmos dos pequenos detalhes, das pequenas escolhas que
fazemos no nosso dia a dia. Sim, porque a vida não é feita das grandes
escolhas, mas das pequenas. Cada pequena decisão errada está te levando, de
volta, para a mesma rua e para o mesmo buraco. Não é você meditar e chegar ao
nirvana e entender a humanidade e Deus, é você conseguir olhar pra uma pequena
árvore florida, numa luz de outono e ver
Deus ali. Ontem eu ouvi a expressão “Deus me estraga com mimos”. E é verdade. E
os mimos dele são maneiras de você perceber suas atitudes e muda-las ali, na
hora em que estão acontecendo.
Se você quer emagrecer, perceba cada pedaço de comida que
entra na sua boca. Consciência 100% nisso. Se você quer uma nova atitude de uma
pessoa próxima, conscientize-se de como você trata essa pessoa a si mesmo, 24
horas por dia. 7 dias por semana. Se você quer economizar, não é parando de
comprar Ferraris, mas sim parando com os gastos formiguinhas (uma balinha, uma
blusinha, um cafezinho). Se você quer mudar a sua vida, comece agora a praticar
a “consciência 100%” ! Tenho certeza de que, com tempo e paciência, você verá todos
os resultados que deseja, um por um, acontecerem na sua vida.
E eu, aqui, já comecei com os meus!
24 de mai. de 2012
A Busca da Alma
A
BUSCA DA ALMA
Ercilia
Zilli
Para falarmos sobre a busca da alma, partimos da premissa da sua
existência, conforme a entendemos na doutrina espírita, ou seja, na qualidade de
espírito, portador de uma consciência, em constante processo da ampliação.
Entendendo que na criação divina, tudo obedece a um propósito, a
existência da alma também tem um objetivo, que nos parece ser o da eterna busca
da evolução e a conquista do estado de perfeição.
Vamos usar o mito de Eros e Psique para refletirmos como essa busca
se realiza. Lembramos aqui, o conceito de Mircea Eliade, que nos diz que o mito
sempre conta uma história sagrada, portanto, de compreensão espiritual. O mito
representa, ainda, a forma como o homem de todos os tempos tenta entender os
fatos e a vida de uma perspectiva espiritual, buscando compreender como e porque
ocorrem.
Conta o mito que Eros, ou Cupido, deus do amor, era o mais belo entre
os deuses e representava a força fundamental do mundo. Era o intermediário entre
os deuses e os mortais, unia o todo a si mesmo e simbolizava a capacidade de
cooperar com os mortais dia e noite nas conquistas e no amor. Para a
psicanálise, Eros é o conjunto de tendências construtivas.
Psiquê era uma jovem que, apesar de linda, não conseguiu casar-se.
Seus pais buscaram o Oráculo, que os orientou a deixa-la no alto de uma
montanha, para que se casasse com uma serpente, a qual representa a psique
inferior, o psiquismo obscuro, o que é incompreensível e misterioso, a
fecundidade da mulher. Significa ainda, a cura, o terapeuta e o espírito, porém
no cristianismo, a serpente foi condenada a arrastar-se, tendo sua figura
associada ao pecado, em contraposição a todos os conceitos
anteriores.
Mesmo com medo, ela adormece e, tomada por Zéfiro, o Vento, é levada
para um rico e maravilhoso palácio. Depois de entrar na posse de tudo, vai
dormir e durante a noite recebe a visita de um ser masculino que a toma nos
braços carinhosamente. Ele volta todas as noites, mas adverte Psiquê de que ela
não deveria fazer nenhum esforço para vê-lo. Obediente, sente que gosta dele,
mas começa a ficar triste com a solidão de todos os dias e pede a essa criatura
que a deixe visitar os pais. Após muita insistência, ele
permite.
Quando volta para casa, as irmãs de Psiquê, sabendo de suas riquezas,
estranhando o fato dela nunca ter visto seu companheiro e tomadas de grande
inveja, sugerem que ele deve ser um monstro e a orientam a procurar um jeito de
ver quem ele é.
Ao retornar ao palácio, aproveita enquanto ele dorme e acende uma
lamparina. Vê que o seu amado é um lindo jovem. No entanto, deixa cair o óleo
quente sobre ele, queimando-o. Transtornado, ele vai embora, deixando Psiquê
desesperada.
Afrodite, a deusa da beleza, mãe de Eros, fica raivosa porque seu
filho a havia desobedecido para ficar com Psiquê, uma mortal, e esta ainda o
havia machucado. Psiquê procura a Beleza para saber como encontrar e ficar com o
Amor e Afrodite ordena que ela realize algumas tarefas, caso queira ficar com
Eros. Aflita, ela aceita.
Conforme a psicologia junguiana, o cumprimento dessas tarefas, está
associado ao processo de individuação feminina, ou o que este representa na
visão do homem integral, que associa a anima (feminino) e o animus
(masculino).
A primeira ação ordenada por Afrodite, a Beleza, na conquista de
Eros, o Amor, é separar, num curto período de tempo, uma grande quantidade de
grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas. Quando Psiquê
imagina que não será capaz, surgem formigas que ajudam a cumprir a exigência de
Afrodite. Aqui, paramos mais um pouco para entender o que essa ordem representa.
Os grãos estão associados, desde todos os tempos, a alternância entre a vida e a
morte, da vida subterrânea à luz. Alguns ritos eram utilizados com o objetivo de
livrar a alma dessa alternância e fixa-la na luz. Quando vemos que o trigo está
associado à ressurreição, entendemos nessa alternância o conceito de
reencarnação.
Poderíamos estudar mais profundamente os símbolos dos outros grãos
citados no mito, mas já temos nesta altura do texto, uma visão do que a alma
procura na sua trajetória em busca da fixação na luz, no seu estado de
perfeição. Temos um apontamento bíblico que nos orienta nessa
compreensão:
“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de
trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só;
Mas se morrer, produzirá muito fruto”. João, 12:23
As formigas representam a atividade laboriosa e a vida organizada em
sociedade, que tem a previdência na sua estrutura. Significa também a energia
que circula nas entranhas da terra, prestes a manifestar-se como água ou
nascente. Segundo o Talmude, as formigas representam a honestidade. Logo, esse
processo de alternância significa a jornada da alma buscando a sua elevação e
integração com o amor através das reencarnações sucessivas, fazendo parte de uma
sociedade organizada e previdente, com a energia da honestidade e a pureza das
nascentes, das águas que representam a fluidez das emoções equilibradas.
Entendemos também, que a presença das formigas aponta que nunca estamos sozinhos
diante das nossas provas, mas sempre amparados.
A primeira tarefa mostra a necessidade de morrer e renascer para, um
dia chegar à Luz. Surge o conceito de organização e de uma sociedade
solidária.
Psiquê volta à presença de Afrodite, que ainda insatisfeita, exige
mais uma tarefa. Quer um pouco de lã dourada proveniente de umas ovelhas muito
bravas. Mais uma vez aflita, recebe a orientação de um junco que a orienta a
esperar o momento do descanso das ovelhas para não ser atacada. A ovelha, da
mesma forma que o carneiro e o cordeiro, tem a sua imagem associada ao instinto,
à ação, à força genésica. Ela afugenta feras, protege rebanhos e educa pastores.
É a sublimação do instinto, do amor que se oferece à morte para a salvação dos
pecadores, conforme vemos na doutrina católica. Como pecado, etimologicamente,
significa ignorância, entendemos que pecadores são aqueles que desconhecem a Lei
Divina.
O ouro é o símbolo do conhecimento, da imortalidade, da perfeição, da
fecundidade, riqueza, dominação, além de ser uma arma de luz. O junco, o que
aconselha, é aquele que se verga mas não se quebra, que aprendeu a observar e a
esperar o momento oportuno. Aqui, Psiquê aprende a buscar o conhecimento, a
noção de imortalidade e o poder da luz, a ter paciência, para que, com seus
instintos sublimados, não seja apenas uma fera a ser afugentada, mas entenda que
a doação e a busca do conhecimento a fortalecerão na conquista do Amor. E, mais
uma vez, a ajuda está ao lado dela. Aprende ainda, que no processo evolutivo,
muitas vezes terá que se vergar e que sua força consiste em nunca se quebrar ou
deixar-se abater pela magnitude dos obstáculos à sua frente.
Volta a Afrodite, mas ainda não é suficiente e a terceira tarefa
consiste em buscar um jarro de água de uma montanha muito alta que é guardada
por um dragão. Diante do desespero de Psiquê, surge uma águia que a ajuda,
enchendo a jarra com a água pedida.
A águia é um símbolo muito antigo e o coletivo do Pai e de todas as
figuras ligadas à paternidade, de força, coragem e clarividência. É a rainha das
aves, representando os estados espirituais superiores. É a mensagem do Alto,
acima das contingências humanas. Como todo símbolo, tem o seu lado a ser
desenvolvido e neste caso, pode representar o desejo de poder inflexível e
devorador.
A montanha surge como a busca de elevação espiritual, da pureza, da
segurança e da transcendência. É o centro e o eixo do mundo, a terra que se
eleva ao céu e a morada de seres celestiais. Lembremo-nos de que Moisés recebeu
os Dez Mandamentos numa montanha e, Jesus nos deixou os mais preciosos
ensinamentos no Sermão da Montanha. Apesar do dragão, em algumas culturas, ser o
símbolo do mal, ele é o guardião dos tesouros ocultos da imortalidade.
Representa uma conquista difícil, pois é ambivalente. Se Psiquê não consegue
lidar com essa potência celeste, criadora e ordenadora, pode ter uma queda
dramática. No entanto, a águia surge para ajuda-la. O jarro, também usado como
urna funerária, representa a abundância e guarda a bebida da imortalidade. É a
fonte da vida física e intelectual e a volta às origens. A Alma aprende, na
terceira etapa a fazer escolhas cada vez mais complexas sobre o que significa o
verdadeiro encontro com o Amor. Deve elevar-se espiritualmente e alcançar o
estado de pureza, entendendo a magnificência do Pai Criador e Ordenador. Sua
relação com o Pai surge de maneira mais consistente e começa a ter mais
consciência de Sua atenção constante.
Mas, ainda assim, a Beleza não se contenta e ordena mais uma tarefa.
Quer que Psiquê, a Alma, desça ao mundo inferior, o Hades, e peça para Perséfone
um pouco da sua própria beleza, guardando-a numa caixa que não deveria ser
aberta.
Psiquê considera essa tarefa muito difícil e quer jogar-se de uma
torre para chegar ao Hades, mas uma torre a ensina como agir para evitar os
perigos da jornada. O Hades, também conhecido como inferno ou Plutão, é um reino
invisível e muito temido, dono das infinitas riquezas da terra, da produção
vegetal e mineral. É o rei do submundo, cruel e implacável. A caixa é o símbolo
do inconsciente e do corpo materno, separa do mundo o que é precioso, mas
implica sempre em risco.
A torre é um símbolo ascensional, a porta do céu e seu objetivo
é restabelecer o eixo primordial rompido e por ele, elevar-se a Deus. Uma parte
é subterrânea, outra é na superfície e, outra ainda, é no céu. Na parte superior
ficava um templo que representava a morada dos deuses. Além de representar as
etapas do crescimento espiritual, a torre aponta o passado, o presente e o
futuro da evolução. Psiquê não resiste e abre a caixa, caindo em sono
profundo. Para completar, exige que Psiquê desça às profundezas do conhecimento
da natureza humana para encontrar a beleza das grandes provas e do entendimento
de que, mesmo nos momentos de maior dificuldade, a Alma cresce e, em todas as
circunstâncias, encontra a proteção e a orientação apropriadas ao
momento.
Quando Psiquê adormece, Eros vai ao seu encontro e a reanima com um
beijo. Depois procura o grande deus Zeus e implora que acalme a sua mãe e
confirme o seu casamento com Psiquê, tornando-a imortal. O beijo surge como
símbolo de união e adesão mútua, de espírito a espírito. É associado ao beijo de
Deus. A boca é o ponto de saída, fonte do sopro e a encarnação entre o verbo e a
natureza humana, que está evoluindo. É a concórdia, a submissão, o respeito e o
verdadeiro amor.
A Alma para conseguir a fusão com o Amor, precisa vencer muitas
etapas.
Nesse processo, o entendimento sobre Eros, o Amor, amadurece e a sua
integração com Psiquê, a Alma, acontece amorosamente, alcançando o ápice da
evolução espiritual. Dessa fusão, surge o espírito adulto, consciente, cuidador,
forte, terno, generoso e portador de uma pureza que não se corrompe e que não se
destrói.
É o que imaginamos sobre o ensinamento de Jesus: “Eu e o Pai somos
um’.
Não temos a pretensão de esgotar todas as possibilidades do mito e,
tampouco, compreender todo o processo de evolução espiritual, mas apontar quanto
é grande o esforço para conquistarmos a beleza espiritual pura e fecunda e o
difícil caminho de voltarmos ao nosso ponto de origem na condição de filhos
responsáveis e capazes de entender as maravilhas da Criação Divina e das Leis de
Deus.
É uma volta às origens, como sinaliza a parábola do Filho Pródigo e
como assinala Jesus: “EU E O PAI SOMOS UM”.
Ercilia
Zilli - CRP n° 06/13.432-7
Psicóloga
Clínica, Mestre pelo Programa de Ciências da Religião – PUC, Pós-graduada em
Administração para Organizações do Terceiro Setor pela Fundação Getúlio Vargas,
Presidente da ABRAPE – Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas, Membro da
Associação Americana de Aconselhamento (ACA, Membro da Associação dos Valores
Espirituais, Éticos e Religiosos em Aconselhamento (ASERVIC), Membro da
Associação Internacional dos Profissionais de Gerenciamento de Carreira (IACMP)
nos EUA, Apresentadora do programa “Novos Rumos” da ABRAPE, na Rede Boa Nova –
AM 1450. Autora do Livro “O Espírito em Terapia – Hereditariedade, Destino e
Fé”.
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