30 de jun. de 2009

Depressão sazonal


Nos dias cinzentos é normal sentirmos certa tristeza... Mas será que isso é normal ou é a tal da Depressão Sazonal?Existem diversos aspectos de nossa vida que estão atrelados aos fenômenos naturais, como por exemplo, as estações do ano. Esse aspecto de sazonalidade influencia não só a agricultura, a moda ou a gastronomia, mas também nosso estado de espírito. É normal que no inverno, época considerada a mais fria do ano, as pessoas apresentem certas alterações no apetite, sono e humor.
Algumas sentem vontade de ficarem mais tempo na cama (a chamada “preguiça”), outras optam por comidas mais fortes e pelos doces e carboidratos e ainda há aquelas que apresentam mudanças na sua energia e motivação diárias. Todas essas alterações se manifestam de diferentes formas entre as pessoas e algumas apresentam alterações mínimas e conseguem conviver tranqüilamente com elas no seu dia-a-dia, por outro lado, existem pessoas que percebem tais mudanças de uma forma tão intensa que passam a apresentar problemas significativos no seu cotidiano; essas pessoas podem estar sofrendo do que costumamos chamar de depressão sazonal.O Transtorno Afetivo Sazonal (TAS) ou Depressão de inverno, como costuma ser conhecida é uma forma de depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente durante o outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar as pessoas mais vulneráveis a flutuações normais de humor.Esse tipo de depressão é mais forte em países onde o inverno é mais rigoroso e os dias mais escuros e se caracteriza por alterações no humor e diminuição de energia.A Depressão Sazonal é mais freqüente em mulheres que em homens, estatísticas apontam que para cada homem afetado, existem quatro mulheres. É possível que suas causas estejam relacionadas com a redução da luz natural e as baixas temperaturas do inverno. Pesquisas mostram que ela é causada por um desequilíbrio biológico.Acredita-se que a ausência da luz contribui para a produção de um neurotransmissor que regula o humor, o apetite e o sono chamado serotonina. Outro fator é a produção da melatonina (responsável pelo sono), que produzida em excesso provoca a sensação de cansaço e a diminuição de energia.

17 de jun. de 2009

Comer à noite: evitar carboidratos não é garantia de emagrecimento

por Adriana Kachani

Você é daqueles (as) que se esforça ao máximo durante o dia para não engordar: evita doces, não almoça, faz muita ginástica e à noite – é claro – não come carboidratos após às 18h. Mas...não sabe o que acontece, antes de dormir assalta a geladeira? Ou pior, acorda no meio da noite para assaltá-la?
Esse é um problema que acomete muitos de meus leitores. Recebo muitas cartas pedindo orientações sobre o problema. E como resolvê-lo? Justamente mudando a forma de se esforçar para emagrecer.
Para começar, sabemos que jejuns não são nada saudáveis. Se passarmos o dia sem comer, em algum momento nosso corpo vai pedir socorro, vai precisar de combustível. E quando isso acontece, ninguém vai ao fogo preparar arroz feijão e frango grelhado, não é? Principalmente se for à noite. Na hora do desespero, é muito mais prático e rápido pegar o que estiver pronto; e o que está pronto normalmente é bem calórico. E nos satisfaz bastante, pois fornece muitas calorias (no caso das gorduras) ou energia rápida (no caso dos açúcares).
Como fica a alimentação antes e depois de ir à academia?
Outro problema: ir à academia sem comer nem antes, nem depois. O raciocínio dessas pessoas provavelmente é: “Esforcei-me tanto para emagrecer para depois engordar em seguida?” Em primeiro lugar, fazer um lanchinho antes da academia é importante para termos pique para a aula e melhorar nossa performance. Depois da aula, comer é fundamental para repor energias e fornecer substrato para construção de músculos.
Jantar ou não jantar?
Tem ainda aqueles que resolvem não jantar. E aí o estrago é total. Não jantar parece dar o direito inconsciente de comer, comer, comer... O raciocínio é o seguinte: “Não jantei, posso um pãozinho, não jantei, só mais uma bolacha, frutas são mais saudáveis... e come uma melancia inteira. Ao final, juntando tudo, quando vemos foram centenas de calorias extras.
Jantar e carboidratos
No caso daqueles que jantam, mas restringem carboidratos à noite, em muitas vezes a palavra carboidrato deve ser melhor explicada. Essas pessoas deveriam entender a diferença entre carboidratos e alimentos energéticos. Os carboidratos estão em todos os alimentos de origem vegetal, o que inclui folhas e frutas. Se você é do tipo que não come carboidratos depois das 18h00, janta só uma salada, então precisa rever seus conceitos nutricionais.

Sabe-se que o grupo dos energéticos (cereais – arroz, aveia, trigo e seus derivados e tubérculos – batata, mandioca, mandioquinha, cará, inhame) são os alimentos - fonte de energia, energia que precisamos não só para correr, fazer ginástica e outras atividades físicas, como também para o coração bater, pulmão funcionar. Ou seja, quando estamos dormindo também precisamos de energia, por isso a importância de consumir esse grupo alimentar à noite.
Assim, a questão recai sobre a quantidade de alimentos energéticos que devemos consumir. Pois se ingerirmos mais energia do que a necessária, com certeza vamos estocar e engordar. O importante é ter em mente qual o tamanho de porção ideal para o jantar. Muitas pessoas engordam, pois têm uma visão distorcida de quantidades. Consumo energéticos no jantar, mas em quantidades moderadas. O correto são 3 colheres de sopa de alimentos energéticos. No caso do pão, meio pão francês ou um inteiro sem o miolo.
Lanche antes de dormir
Se mesmo assim você continua acordando à noite, pode tentar fazer um lanche antes de dormir. Mas atenção: um lanche é apenas um lanche, uma pequena refeição, que deve ser planejada para não se extrapolar os limites. Um copo de leite morno ou iogurte pode ser suficiente. Uma xícara de chá (sem açúcar) e três bolachas sem recheio também. Dá o conchego que precisamos, fornece um plus calórico sem estragar nenhuma dieta.
O fato é que nosso corpo precisa de um mínimo de calorias diárias. Quando essas calorias não são atendidas de uma forma pequena, razoável, como acontece numa dieta planejada por nutricionista, o organismo “reclama”. Pode ser com cansaço, mal humor, tonturas, hipovitaminoses e até desnutrição. Mas pode ser também com compulsão noturna. Tome cuidado.


* Todos os direitos reservados. Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citada a autoria.

9 de jun. de 2009

Mulheres possíveis

Achei este texto, aliás, recebi ele novamente pelo e-mail. Mas é engraçado como alguns textos batem bem na hora em que você precisa deles. Estou com a síndrome da mulher maravilha e como é difícil se livrar dela! Então ,acho que isto me ajuda bastante!

Beijos a todas e voltem a escrever no blog...foi só eu voltar que todo mundo sumiu!!!

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante' .

Martha Medeiros - Jornalista e escritora