29 de mar. de 2010
28 de mar. de 2010
Saiu na Folha de S. Paulo

26/03/2010 - 07h51
Estilista de Lady Gaga decifra razões da fama e do culto visual à cantora
Publicidade
VIVIAN WHITEMAN
editora interina de Moda
Desde o matriarcado pop de Madonna, ninguém havia reunido tantos admiradores e seguidores quanto Lady Gaga.
Veja alguns dos figurinos de Lady Gaga
Menina imita Lady Gaga e vira novo fenômeno da web
Ex-namorado disse a Lady Gaga que ela nunca seria famosa
Para explicar tanto sucesso, tão ou mais importantes do que os hits-chicletinho que agitam as pistas, são os figurinos da moça. Os delírios estéticos da cantora deram origem a uma espécie de religião baseada no dance grudento e nas roupas abusadas: o gagaísmo. E se Lady Gaga é um deus fashionista, o stylist nipo-italiano Nicola Formichetti é seu profeta.
Lucas Jackson/Reuters
A cantora Lady Gaga se apresenta durante evento em Nova York no mês passado
A cantora Lady Gaga se apresenta durante evento em Nova York no mês passado
As lingeries à mostra, as meias rendadas, as hotpants, os acessórios nonsense e os looks-fantasia copiados por fãs do mundo inteiro, tudo isso saiu da cabecinha fashionista de Formichetti."Gaga não tem medo de quebrar as barreiras da elegância. Trabalhamos acima dos limites", afirma o stylist que assinou o figurino do videoclipe "Telephone", em que mistura Chanel e Viktor & Rolf a criações próprias.
Formichetti é o stylist-chefe da Haus of Gaga, um coletivo que cuida da direção artística das turnês da cantora. É ele também quem escolhe os figurinos que a bonitona usa nos shows, nas entrevistas, nas festas e em outros compromissos.
Para selecionar as peças, Formichetti tem algumas regras de estilo e atitude, que organizou em dez mandamentos, a pedido da Folha. Entre as leis de Gaga, que ficam entre a futilidade, o deboche e a mais deliciosa diversão fashion, estão as regras de jamais aparecer em público sem um modelo calculado e escrever mensagens visuais com a roupa. "Vivemos num mundo de imagens. Quem domina a imagem tem o poder", diz.
O stylist, que é diretor criativo da incensada revista "Dazed and Confused", já trabalhou para as maiores grifes do mundo e tem entre seus outros clientes VIP o galã Robert Pattinson, da saga "Crepúsculo". Com Gaga, porém, foi alçado ao patamar de estrela da moda.
Atualmente, e apesar de estar quase sempre seminua ou vestida de forma espalhafatosa, Lady Gaga é cobiçada pelas maiores grifes do mundo. As maisons de luxo, que geralmente têm clientes muito menos ousadas do que a cantora, querem associar suas marcas ao fenômeno pop do momento.
A imagem de Gaga, de certa forma, corresponde ao sonho dourado da indústria fashion: é a mulher disposta a usar qualquer loucura criada pelos grandes estilistas. "Quando monto os looks imagino um editorial de moda ousado, me inspiro nos trabalhos de Nick Knight [fotógrafo e diretor de arte] e Hedi Slimane [estilista e fotógrafo]", revela Formichetti.
Nas ruas, embora diluído, o gagaísmo movimenta o comércio e muda o visual dos frequentadores de bares e casas noturnas. São, nas palavras de Gaga, os "little monsters" (monstrinhos), que atravessaram o mar da modinha sonhando com a terra prometida, onde o estilo é livre e pessoas comuns podem sair de casa e passear por aí sem calças.
Estilista de Lady Gaga decifra razões da fama e do culto visual à cantora
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VIVIAN WHITEMAN
editora interina de Moda
Desde o matriarcado pop de Madonna, ninguém havia reunido tantos admiradores e seguidores quanto Lady Gaga.
Veja alguns dos figurinos de Lady Gaga
Menina imita Lady Gaga e vira novo fenômeno da web
Ex-namorado disse a Lady Gaga que ela nunca seria famosa
Para explicar tanto sucesso, tão ou mais importantes do que os hits-chicletinho que agitam as pistas, são os figurinos da moça. Os delírios estéticos da cantora deram origem a uma espécie de religião baseada no dance grudento e nas roupas abusadas: o gagaísmo. E se Lady Gaga é um deus fashionista, o stylist nipo-italiano Nicola Formichetti é seu profeta.
Lucas Jackson/Reuters
A cantora Lady Gaga se apresenta durante evento em Nova York no mês passado
A cantora Lady Gaga se apresenta durante evento em Nova York no mês passado
As lingeries à mostra, as meias rendadas, as hotpants, os acessórios nonsense e os looks-fantasia copiados por fãs do mundo inteiro, tudo isso saiu da cabecinha fashionista de Formichetti."Gaga não tem medo de quebrar as barreiras da elegância. Trabalhamos acima dos limites", afirma o stylist que assinou o figurino do videoclipe "Telephone", em que mistura Chanel e Viktor & Rolf a criações próprias.
Formichetti é o stylist-chefe da Haus of Gaga, um coletivo que cuida da direção artística das turnês da cantora. É ele também quem escolhe os figurinos que a bonitona usa nos shows, nas entrevistas, nas festas e em outros compromissos.
Para selecionar as peças, Formichetti tem algumas regras de estilo e atitude, que organizou em dez mandamentos, a pedido da Folha. Entre as leis de Gaga, que ficam entre a futilidade, o deboche e a mais deliciosa diversão fashion, estão as regras de jamais aparecer em público sem um modelo calculado e escrever mensagens visuais com a roupa. "Vivemos num mundo de imagens. Quem domina a imagem tem o poder", diz.
O stylist, que é diretor criativo da incensada revista "Dazed and Confused", já trabalhou para as maiores grifes do mundo e tem entre seus outros clientes VIP o galã Robert Pattinson, da saga "Crepúsculo". Com Gaga, porém, foi alçado ao patamar de estrela da moda.
Atualmente, e apesar de estar quase sempre seminua ou vestida de forma espalhafatosa, Lady Gaga é cobiçada pelas maiores grifes do mundo. As maisons de luxo, que geralmente têm clientes muito menos ousadas do que a cantora, querem associar suas marcas ao fenômeno pop do momento.
A imagem de Gaga, de certa forma, corresponde ao sonho dourado da indústria fashion: é a mulher disposta a usar qualquer loucura criada pelos grandes estilistas. "Quando monto os looks imagino um editorial de moda ousado, me inspiro nos trabalhos de Nick Knight [fotógrafo e diretor de arte] e Hedi Slimane [estilista e fotógrafo]", revela Formichetti.
Nas ruas, embora diluído, o gagaísmo movimenta o comércio e muda o visual dos frequentadores de bares e casas noturnas. São, nas palavras de Gaga, os "little monsters" (monstrinhos), que atravessaram o mar da modinha sonhando com a terra prometida, onde o estilo é livre e pessoas comuns podem sair de casa e passear por aí sem calças.

10 de mar. de 2010
Ter objetivos na vida pode proterger contra o Alzheimer

Indivíduos que têm objetivos na vida parecem ter menos chances de desenvolver a doença de Alzheimer de acordo com um estudo publicado no periódico Archives of General Psychiatry.
O Alzheimer, uma doença neurodegenerativa, é uma das mais temidas condições relacionadas à idade, e a identificação de fatores que podem ser modificáveis associados com essa doença é um dos focos de pesquisa mais importantes nesse início de século, especialmente se observarmos o quão amplo e rápido é o envelhecimento da população mundial, dizem os autores. E relativamente poucos desses fatores de risco foram identificados até então, mas diversos estudos sugerem que alguns fatores psicológicos – incluindo autoconsciência, extroversão e negativismo – podem ter relações com o quadro de instauração do Alzheimer.
“Ter um objetivo na vida, ou seja, uma tendência psicológica de ver propósitos e significados nas experiências vividas, ao mesmo tempo em que se tem uma sensação de intenção e um foco que guie seus comportamentos, tem sido considerado, já há algum tempo, como um fator de proteção importante para uma saúde melhor”, descreve Patricia Boyle, uma das pesquisadoras da Universidade Rush, EUA, e envolvida com o estudo.
Quase mil idosos participaram da pesquisa e os níveis de foco de vida foram medidos a partir de questionários. Eles foram acompanhados por até sete anos durante os quais aproximadamente 16% desenvolveram a doença de Alzheimer. Após várias comparações entre os dados coletados, os pesquisadores chegaram à conclusão de que ter objetivos na vida podia reduzir substancialmente o risco de desenvolver a doença, assim como protegia contra a redução da cognição associada à idade.
As pessoas que alcançaram níveis maiores que 90% de adequação ao questionário sobre objetividade aplicado anteriormente, tinham quase 2,5 mais chances de não desenvolverem nenhum nível de Alzheimer, comparadas a outros indivíduos.
A base biológica dessa associação continua desconhecida, mas os resultados dos efeitos positivos desse tipo de atitude incluíam um melhor funcionamento do sistema imunológico e melhor circulação sanguínea, por exemplo.
O resultado pode ter implicações nos programas de saúde pública. “Os dados sugerem, no mínimo, que intervenções que tenham como princípio melhorar o bem-estar desses indivíduos idosos e que procurem fomentar um propósito na vida por meio de estratégias comportamentais podem, potencialmente, ajudar essas pessoas mais velhas a se identificar com atividades significativas para elas e que lhes proporcionem um objetivo claro”, concluem os autores.
com informações do Archives of General Psychiatry
O Alzheimer, uma doença neurodegenerativa, é uma das mais temidas condições relacionadas à idade, e a identificação de fatores que podem ser modificáveis associados com essa doença é um dos focos de pesquisa mais importantes nesse início de século, especialmente se observarmos o quão amplo e rápido é o envelhecimento da população mundial, dizem os autores. E relativamente poucos desses fatores de risco foram identificados até então, mas diversos estudos sugerem que alguns fatores psicológicos – incluindo autoconsciência, extroversão e negativismo – podem ter relações com o quadro de instauração do Alzheimer.
“Ter um objetivo na vida, ou seja, uma tendência psicológica de ver propósitos e significados nas experiências vividas, ao mesmo tempo em que se tem uma sensação de intenção e um foco que guie seus comportamentos, tem sido considerado, já há algum tempo, como um fator de proteção importante para uma saúde melhor”, descreve Patricia Boyle, uma das pesquisadoras da Universidade Rush, EUA, e envolvida com o estudo.
Quase mil idosos participaram da pesquisa e os níveis de foco de vida foram medidos a partir de questionários. Eles foram acompanhados por até sete anos durante os quais aproximadamente 16% desenvolveram a doença de Alzheimer. Após várias comparações entre os dados coletados, os pesquisadores chegaram à conclusão de que ter objetivos na vida podia reduzir substancialmente o risco de desenvolver a doença, assim como protegia contra a redução da cognição associada à idade.
As pessoas que alcançaram níveis maiores que 90% de adequação ao questionário sobre objetividade aplicado anteriormente, tinham quase 2,5 mais chances de não desenvolverem nenhum nível de Alzheimer, comparadas a outros indivíduos.
A base biológica dessa associação continua desconhecida, mas os resultados dos efeitos positivos desse tipo de atitude incluíam um melhor funcionamento do sistema imunológico e melhor circulação sanguínea, por exemplo.
O resultado pode ter implicações nos programas de saúde pública. “Os dados sugerem, no mínimo, que intervenções que tenham como princípio melhorar o bem-estar desses indivíduos idosos e que procurem fomentar um propósito na vida por meio de estratégias comportamentais podem, potencialmente, ajudar essas pessoas mais velhas a se identificar com atividades significativas para elas e que lhes proporcionem um objetivo claro”, concluem os autores.
com informações do Archives of General Psychiatry
5 de mar. de 2010
Wish List bichos
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